Há algum tempo a Endocrinologia e Metabologia tem participação ativa nos Congressos da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial (SBPC/ML). São posicionamentos, debates e compartilhamentos de informações para integrar as duas especialidades.
Mais uma vez, este ano, no fim de setembro, endocrinologistas estiveram na programação científica do 53º Congresso da SBPC/ML, como a Dra. Maria Izabel Chiamolera.
Para a endocrinologista é uma importante ponte entre a patologia clínica e a tireoidologia. “Na minha área de atuação faço a interface do laboratório clínico e o médico, tentando solucionar problemas de interferência nos resultados; qual o melhor ensaio a ser usado; quais problemas podem ocorrer dentro do laboratório; e quais as soluções podem ajudar a melhorar o diagnóstico.” Ela explica que é importante ter alguém que entenda a clínica porque, dessa forma, podem ser encontradas soluções que sejam mais precisas para determinados diagnósticos.
A Endocrinologia e Metabologia vem contribuindo com informações sobre sintomas, medicamentos e outras condutas usadas. “Em alguns laboratórios você tem um endocrinologista com esse conhecimento, entretanto não é tão comum como deveria.”
A visão clínica da Endocrinologia ajuda na hora de questionamentos ao paciente sobre uso de determinado remédio em função da patologia.
A Tireotoxicose, tema abordado pela Dra. Maria Izabel, está ligada às duas áreas (endócrina e laboratorial). “É uma situação endocrinológica bastante importante, por isso deve-se observar se o resultado que ele está vendo no exame tem correspondência na clínica”, esclarece.
No caso de hipertireoidismo e hipotireoidismo são muitas dúvidas em que o endocrinologista pode auxiliar. “Se o diagnóstico é claro, o resultado do exame laboratorial vai ser também. Quando isso não acontece é preciso avaliar interferência na dosagem”.
As conversas são fundamentais e incentivadas em debates entre as especialidades para que o paciente seja o maior beneficiado.