Essa semana é de conscientização da menopausa. Nesta quinta-feira, 18 de outubro, é lembrado o Dia Mundial da Menopausa. Essa é uma fase importante da vida da mulher e que tem muita relação com as disfunções da tireoide. A Dra. Laura Ward, membro da diretoria do Departamento de Tireoide da SBEM, esclarece essa questão.
De acordo com a endocrinologista, é importante ficar atento à correlação entre menopausa e os distúrbios da tireoide. Ela destaca que os problemas relacionados à tireoide são muito mais frequentes nas mulheres e o pico de alterações das funções tireoidianas ocorre justamente neste momento da vida. Hipotireoidismo e hipertireoidismo são relativamente frequentes neste período.
Dra. Laura explica que a menopausa é um período particularmente importante em função da queda de estrógeno na mulher. A deficiência deste hormônio durante a menopausa ajuda no aceleramento do desgaste ósseo, que também é visto no hipertireoidismo. Por isso, a médica alerta para a importância do diagnóstico precoce do hipertireoidismo, principalmente por Doença de Graves ou até mesmo por causa de um bócio nodular tóxico, para impedir uma perda óssea mais importante.
A médica destaca também que um dos desafios é exatamente fazer o diagnóstico. Ela ressalta que essa é uma tarefa bastante difícil, principalmente porque os sintomas da menopausa e das disfunções da tireoide podem se confundir. “Tristeza, pele seca, queda de cabelo, desânimo, bradicardia e função intestinal retardada com obstipação intestinal são algumas das manifestações que aparecem com o hipotireoidismo. Porém, durante a menopausa a paciente também pode apresentar alguns desses sintomas. Além disso, a depressão também pode ser confundida com os problemas tireoidianos. Ou seja, é fundamental diagnosticar e tratar corretamente para evitar maiores danos. A reposição hormonal também é relevante neste processo para diminuir os fogachos e alguns sintomas.”
