O Departamento de Tireoide da SBEM informa aos associados e à classe médica quais os cuidados necessários ao atendimento aos pacientes em função do desabastecimento do medicamento Propiltiouracil, utilizado para o tratamento do hipertireoidismo em casos especiais.
No documento, a recomendação do Departamento, presidido pelo Dr. José Augusto Sgarbi, é o uso do Metimazol, enquanto durar o problema. Na descrição das orientações aos médicos, está explicado que os dois medicamentos são as únicas drogas antitireoidianas comercializadas no Brasil para o tratamento do hipertireoidismo e consideradas eficazes.
“As orientações são dirigidas à classe médica, uma vez que chegaram ao Departamento questionamentos, referente a como conduzir pacientes com hipertireoidismo em situações especiais, como no primeiro trimestre da gestação e na crise tireotóxica. Nessas situações o PTU é a droga de escolha. Assim, o Departamento produziu esse documento para orientações com alternativas na falta do PTU, que talvez sejam ainda mais úteis aos não especialistas”, explicou o Dr. Sgarbi.
O presidente do Departamento esclareceu que há informações de desabastecimento de PTU no Serviço Público de Saúde. “Preocupa, porque o PTU é a única droga antitireoidiana disponível no SUS. Na ausência dela, os pacientes podem ficar sem alternativa”.
O Departamento de Tireoide e a SBEM preparam, também, solicitação ao SUS para aquisição emergencial de metimazol para suprir a falta de PTU no SUS.
O aviso sobre o desabastecimento foi feito aos médicos pelo Laboratório Biolab, que informou ser ocasionado pelas dificuldades da importação da matéria prima para a produção do medicamento, em função da pandemia de Covid-19. A empresa informa que não há, até o momento, previsão de normalização na produção do medicamento n o mercado.
O comunicado do Departamento de Tireoide inclui orientações detalhadas em relação ao uso do medicamento durante primeiro trimestre da gestão, tratamento de crise tireotóxica e alergia ao Metimazol.
A seguir o documento em arquivo em PDF.