Mesmo sem ser permitido, constantemente aumenta o número de pessoas que querem obter informações ou diagnósticos de doenças, descrevendo sintomas e divulgando resultados de exames em uma espécie de “consulta online”. Já existem sites com essa única finalidade: resolver os problemas de saúde à distância antes de uma consulta médica presencial, porém essa não é a proposta do site do Departamento de Tireoide.
Esse assunto requer atenção, pois o mau uso da web para fins de tratamento pode ser prejudicial à saúde. Revisado após 20 anos de vigência do Código anterior, o Código de Ética Médica foi atualizado e ampliado para garantir segurança ao médico e confiança aos pacientes. Após dois anos de estudo, o novo Código entrou em vigor em 13 de abril de 2010.
De acordo com o Capítulo XIII, Artigo 114, do novo Código de Ética Médica, não é permitido consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa. No Artigo 111, é destacada a proibição da participação do profissional na divulgação de assuntos médicos, em qualquer meio de comunicação de massa, que não seja de caráter exclusivamente de esclarecimento e educação da sociedade.
É importante que, antes de qualquer busca por médicos na internet, seja verificado se o profissional possui registro médico e se é validado pelo Conselho Federal de Medicina. Para o médico, é obrigatória a apresentação desse documento em anúncios profissionais de qualquer ordem.
As solicitações feitas ao site da Tireoide são respondidas dentro das normas determinadas pelo Código de Ética, ou seja, análises de exames e emails similares são respondidos de forma genérica, sempre orientando o paciente a conversar com o seu médico especialista. Segundo a presidente do Departamento, Dra. Laura Ward, o Departamento de Tireoide da SBEM informa que essa é a melhor conduta, pensando sempre no bem-estar nos pacientes.
“O Departamento de Tireoide vem procurando interagir com os pacientes, oferecendo, através de nosso site, uma fonte de informações seguras e confiáveis. Compreendemos o anseio dos pacientes em buscar respostas específicas a seus problemas clínicos e, na medida do possível, tentamos responder a todos eles. O trabalho de informação, no entanto, não elimina a necessidade de um exame clínico pessoal. Somente a consulta médica, em que o paciente poderá contar detalhes particulares de sua história, de seus antecedentes pessoais e de sua família, seguida de um bom exame físico, proporcionarão ao médico elementos fundamentais para um aconselhamento adequado, para solicitação de exames laboratoriais e o tratamento da condição específica de cada indivíduo”, explica a Dra. Laura.