Além de vários especialistas compondo a grade científica do Congresso LATS 2011, Dra. Laura Ward, chefe do Departamento de Tireoide da SBEM, recebeu o Prêmio LATS. Ele é concedido a profissionais de destaque na pesquisa em tireoide da América Latina.
Segundo Dra. Laura, a participação maciça de brasileiros no evento se deve ao fato de grande parte da produção científica da América Latina se concentrar no Brasil, onde temos alguns dos mais importantes grupos de pesquisa em tireoide (em nível internacional, inclusive). “Por isso a maioria dos melhores trabalhos foi brasileira e a quase totalidade dos resumos selecionados para apresentação oral, além de todos os prêmios serem nacionais”, comemora.
A especialista disse que a qualidade dos trabalhos apresentados estava excelente. “Os trabalhos premiados teriam merecido distinção em qualquer congresso americano ou europeu”, acredita.
Dra. Laura destacou que há, inclusive, pesquisadores brasileiros trabalhando em universidades americanas, por causa da qualidade dos projetos. “O sucesso é, em minha opinião, fruto da excelente base clínica e do progressivo suporte que se tem dado apra as pesquisas básicas no país. Falta, no entanto, maior suporte econômico, pois muitos de nossos alunos de pós-graduação não conseguem bolsa, nem verbas para desenvolverem seus projetos. Acredito que também falte ainda suporte da indústria que, no Brasil, ainda não tem uma relação mais estreita com o desenvolvimento de pesquisa”, opina.
No congresso, Dra. Laura recebeu o Prêmio LATS, descrito por ela como “uma grande distinção, conferida a indivíduos que se destacam por sua atuação em pesquisa, assistencia e ensino, na formação de novos pesquisadores e na difusão da importancia das doenças da tireoide”. Prêmios similares também são dados pelas outras 3 sociedades irmãs, além da LATS: ATA (American Thyroid Association), ETA (European Thyroid Association) e AOTA (Asia and Oceania Thyroid Association).
Dra. Laura afirma que esse prêmio representa um reconhecimento ao seu trabalho, não apenas como pesquisadora (102 trabalhos completos publicados em revistas nacionais e internacionais), mas também como difusora de conhecimentos e formadora de novos pesquisadores.
“Tenho orgulho de ter orientado 20 teses de mestrado e 10 de doutorado, supervisionado 3 pós-doutorados, formando indivíduos que agora são professores em grandes centros. Creio também que o premio se deveu ao meu papel de destaque na produção de importantes diretrizes (como as Diretrizes no Diagnóstico e Seguimento do Câncer Diferenciado de Tireoide, no Câncer Medular da Tireoide, no Hipotireoidismo e no Hipertireoidismo). As Diretrizes AMB/CFM/ANS são a base de todas as condutas tomadas em nível nacional, não apenas em termos de Saúde Pública, como também para regulamentar as ações da medicina privada e dos planos de saúde”, explica a especialista.