A edição número 3 do volume 53 dos ABE&M (Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia) traz diversos artigos relacionados a trabalhos científicos sobre tireoide.
O editorial, High-dose Radioiodine Outpatient Therapy / Radioiodoterapia Ambulatorial de Alta Dose, foi escrito pela Dra. Laura Sterian Ward, professora de Clínica Médica e chefe do Laboratório de Genética Molecular do Câncer, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Confira os artigos sobre tireoide dessa edição:
Marcadores de função endotelial no hipotireoidismo (revisão)
Autores: Mônica Dias Cabral, Patrícia de Fátima Santos Teixeira, Sandra Pereira Leite, Mário Vaisman
O papel do endotélio em várias doenças vem sendo o foco da investigação científica e recentemente estão disponíveis métodos de avaliação da função endotelial de menor custo e menos invasivos. O endotélio modula o tônus vascular, participa dos processos inflamatórios, da ativação de plaquetas e da trombose. Consequentemente, a disfunção endotelial tem sido considerada evento importante na patogênese da aterosclerose. O hipotireoidismo está associado a maior risco cardiovascular, e a avaliação da função endotelial vem sendo reconhecida como ferramenta promissora na detecção de alterações cardiovasculares pré-clínicas associadas à disfunção tireoidiana. Alguns estudos recentes demonstraram relação entre o status tireoidiano e a função endotelial. Entretanto, estudos multicêntricos e controlados por placebo são necessários para abordar essa questão e o efeito da reposição da levotiroxina na função endotelial. Esse artigo propõe-se a discutir as perspectivas da relação entre endotélio e função tireoidiana.
Autores: Marcelo Tatit Sapienza, José Willegaignon, Carla Rachel Ono, Tomoco Watanabe, Maria Inês Calil Cury Guimarães, Ricardo Fraga Gutterres, Maria Helena da Hora Maréchal, Carlos Alberto Buchpiguel
Objetivo: Determinar exposições decorrentes da radioiodoterapia ambulatorial do carcinoma diferenciado da tireoide (CDT) sobre os familiares dos pacientes e o meio ambiente. Métodos: Administraram-se 100 a 150 mCi de (131I)NaI para tratamento ambulatorial de 20 pacientes com CDT. Monitorizaram-se com dosímetros termoluminescentes as doses de radiação recebidas por familiares (n = 27) e potenciais de dose nas residências. Também foram monitorizadas contaminação de superfície e rejeitos radioativos.